Os contratos futuros do minério de ferro de Dalian atingiram o menor nível em um ano nesta quarta-feira, com as preocupações com a demanda se intensificando devido às restrições à produção de aço da China e ao agravamento da crise de liquidez no setor imobiliário do país.
O contrato do minério de ferro mais negociado de janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em queda de 4,6%, a 536,50 yuanes (83,85 dólares) a tonelada, após atingir 518,50 iuanes na sessão, o menor valor desde 9 de novembro de 2020.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato mais negociado de dezembro caía cerca de 3%, para 87,85 dólares a tonelada, no início da manhã (horário de Brasília), após inicialmente cair até 6,9%.
“As restrições à produção (de aço na China) suprimiram as expectativas de armazenamento e reposição (do minério de ferro) no inverno”, escreveram analistas da Zhongzhou Futures Co Ltd em nota. “O escopo da produção limitada durante a estação de aquecimento se expandiu, (enquanto) a manutenção do alto-forno aumentou.”
Os estoques de minério de ferro de porto na China aumentaram para 145,10 milhões de toneladas na semana passada, de acordo com os dados da consultoria SteelHome, sugerindo que a oferta continuará se acumulando, disseram eles.
O aprofundamento da crise de liquidez no setor imobiliário chinês, que responde por cerca de um quarto da demanda doméstica de aço, contribuiu para o clima de baixa antes do prazo para o China Evergrande Group fazer um pagamento de títulos offshore na quarta-feira.
O preço spot do minério australiano com 62% de ferro para entrega à principal produtora de aço, China, atingiu uma mínima em 18 meses de 93 dólares a tonelada na terça-feira, mostraram dados da SteelHome.
O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai caiu 1,2%, enquanto a bobina laminada a quente recuou 1,7%, ambos reduzindo as perdas do dia.
O aço inoxidável reverteu as perdas iniciais e fechou em alta de 0,6%.
O carvão metalúrgico de Dalian caiu 3,2% e o coque caiu 3,3%.